Uma árvore é um cálice
Do mais suave licor,
De onde verte o verde,
Por vezes
Esmaecida cor,
O amarelo também,
Quando o inverno
Em sua borda,
Cada folha transforma.
Uma árvore é uma canção!
No tilintar de suas folhas
Apropriadas pelo vento
Que levou seu perfume,
Folhas em profusão.
Vejo uma árvore tímida
À espera da Estação.
Irá colorir,
Emocionar o mundo.
Há de ter um coração!
Ao imaginar
O desenho irregular de seus
galhos
cobertos de flores primaveris,
misturados à desordem das nuvens,
Olho para o céu de sua copa
Amarelo, vermelho, rosa ou lilás,
Daqui de sua sombra eu sei
Que ainda posso sonhar
Com a paz.
Lourdinha Vilela
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