Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

23 de junho de 2013




(Tradução.)

Sonhador


Contemplando pela janela o mundo afora
Desejando saber se a mãe terra sobreviverá
Esperando que a humanidade parasse de abusar dela alguma vez

Afinal só existem dois de nós
E aqui estamos, ainda lutando por nossas vidas
Vendo toda história se repetir, vez por vez

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Vejo o sol descer como todos nós
Estou aguardando que o amanhã traga bons sinais
Dessa vez, um lugar melhor para aqueles que virão depois de nós

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Sua força maior talvez seja Deus ou Jesus Cristo
Isso não tem muita importância para mim mesmo
Sem ajudar uns aos outros não haverá esperança para nós
Vivo num sonho de fantasia

Se ao menos pudéssemos encontrar serenidade
Seria ótimo se pudéssemos viver como um só
Quando acabará toda essa raiva e fanatismo?

Sou apenas um sonhador
Eu sonho minha vida
Sou apenas um sonhador
Que sonha com dias melhores

Sou apenas um sonhador
Que hoje está procurando o caminho
Sou apenas um sonhador
Sonhando minha vida

20 de junho de 2013

Ordem do Dia.



J. G. de Araújo Jorge.
NÃO CHEGAREMOS AO LIVRO, SEM O LEITE E O PÃO
NEM CHEGAREMOS AO PÃO SEM A TERRA E SEM O TETO,
NEM CHEGAREMOS À TERRA SEM LIBERDADE E JUSTIÇA,
NEM CHEGAREMOS À LIBERDADE, SEM  CORAGEM E HONESTIDADE,
OH! A INDISPENSÁVEL CORAGEM
PARA ESSA LUTA

LUTEMOS POIS, - TODOS NÓS - BRANCOS,PRETOS E AMARELOS
QUE CHORAMOS E COMEMOS, QUE CRESCEMOS E ESTUDAMOS
QUE SOFREMOS E CONSTRUÍMOS, COMO HOMENS SEM COR,
TODOS NÓS QUE PRECISAMOS DO MESMO LEITE BRANCO
E DO MESMO LIVRO, E DA MESMA TERRA, E DA MESMA LIBERDADE
PARA VIVER

Viver. Ou ao menos, morrer, mas lutando.

(Poema de J.G.de Araújo Jorge, extraído do livro
"Estrela da Terra" 1º edição 1947)

                                                       

13 de junho de 2013



Do meu amor conheço os gostos
O mau e o bom gosto.
Cada traço do seu rosto.
Seus ares de bom moço
Quando quer me conquistar.
Afetos e desafetos.
Sua loucura por pescar.
Conheço tanto de ti,
Que sempre te encontro em mim
Quando estou a te procurar.
Sei tanto que te conheço
Quanto Deus, em ti, reconheço

 Lourdinha Vilela

Fotografia Lu Vilela

10 de junho de 2013

ZOO

http://www.youtube.com/watch?v=7dwP8Q1I9Vs

Nos cantos dos cantos do zoológico,
espreguiçam-se as antas,
penduram-se os macacos
nas árvores ruídas.
E os pássaros
acreditam
ser livres sob telas de metal.
 A girafa
quando alcança o cume de outra tela
elegante e bela
acha-se a tal.
A serpente tão  temida
parece dormir, com cara fingida,
expondo seu dorso colossal.
Bonito o pavão
quantas serão suas cores?
 quem sabe um dia 
conseguirei contar,
 se por sorte, suas asas abertas encontrar.
E o elefante, tão grande, pesado
”Sansão”
de olhar tão doce,
a pata acorrentada, 
Coitado!  É a minha impressão.
Sapos, tartarugas, jabutis
Ariranhas,
Araras, papagaios...
O que  ainda estou fazendo aqui?
 Preciso visitar as onças, os tigres
Também o rei Leão
 Rei na terra de ninguém,
Fez chorar meu coração.

lourdinha Vilela