Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

8 de junho de 2021


 As vezes  me detenho

Entre um copo e outro d'água,

Já bebi um rio.

A garganta continua seca

Começo  então  a pensar...

Não  é  sede de água 

Não  pode ser.

Nada sacia a sede da alma.

As estradas dos sonhos

Foram bloqueadas ,

Cortei caminhos 

A visão  ficou turva.

As flores que ainda encontro,

Insistem porém

 como se ensinassem vida,

Pétala por pétala

Se abrem coloridas

Esperando orvalhadas

O beijo matinal  do sol.

Lourdinha Vilela.