As vezes me detenho
Entre um copo e outro d'água,
Já bebi um rio.
A garganta continua seca
Começo então a pensar...
Não é sede de água
Não pode ser.
Nada sacia a sede da alma.
As estradas dos sonhos
Foram bloqueadas ,
Cortei caminhos
A visão ficou turva.
As flores que ainda encontro,
Insistem porém
como se ensinassem vida,
Pétala por pétala
Se abrem coloridas
Esperando orvalhadas
O beijo matinal do sol.
Lourdinha Vilela.