Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

15 de fevereiro de 2020



...Por que essa dor,
 dói,
Sem esconder o sorriso,
Dor de inferno e paraíso,
Que só  mãe  sabe onde dói .
É  dor da saudade
Do longe-perto.
Não  há  distâncias,
Nem abismo,
É  dor do ciúme,
Da lida que descontinuou,
Do cheiro do berço  e do ninho
Que se dispersou
É  dor da ausência
Do filho caçula  que se casou.

Lourdinha Vilela.

2 de fevereiro de 2020


Imagem da Internet

Não há  lugar este, que o meu olhar possa encontrar, que   não  o encontrou  antes a poesia. Essa transborda na altivez  da Natureza  onde  Deus descansa meus olhos e eles buscam docemente a figura da flor, presa à  fresta das pedras respingadas, na imensidão  da cachoeira.
 A palavra pulsa na garganta mas o poema se faz mudo reverenciando a paz.
Algumas formigas vorazes se acumulam sobre minhas botas e me fazem acordar do delírio  de versos que jamais escrevi.
Lourdinha Vilela.