Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

4 de novembro de 2018

Eu e o tempo



Tentei segurar o tempo,
as cordas ruíram,
 o tempo não parou.
Cordas de vento.
Num olhar de nuvens,
embaçada vidraça,
olhos desmaiados,
vida que segue  espelhada.
Projetos de mim
reluzem no espelho
conquistas e sonhos 
que ainda ponteio.
A juventude dobrando a esquina,
Um rastro de relva fresca,
é a busca constante.
Dentro,  saudade  gigantesca,
nessa minha casa
cultivando flores e amores
pela gente que segue,
como eu, entre rumores...
batidas mais calmas
dos nossos corações,
porque o tempo não para
enquanto não envelhecemos a alma.

Lourdinha Vilela
 04 de outubro de 20l8
  


















5 comentários:

  1. Intensidade e muito lindo sempre é te ler! bjs, chica

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  2. O tempo não para. O melhor é aproveitar bem cada segundo… Um poema que faz pensar, minha Amiga Lourdinha.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  3. Belo poema, Lourdinha, bate bem fundo em nossa alma...apesar de tudo ela , a alma, sempre quer mais da vida infinita.
    Um abraço

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  4. Primeiro lhe parabenizar pela
    sua arte da pintura, simplesmente
    belíssima, querida amiga!
    O poema lindo e profundo que
    espelha a beleza sublime da sua
    alma-essência. ..
    Verdade, o tempo sintoniza com
    esta capacidade de não envelhecer
    a alma e a alma da poesia transcende
    sempre nesta transparência do
    belo sentir! ...
    Abraço de paz, grande poeta.

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