Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

28 de fevereiro de 2014

DESCOMPASSO

                                                                     Imagem da Internet.
Respiro um ar que sufoca
exprimo um ar de tonta
nessas horas tantas...
de que me entristeço,
de que males padeço,
que medo me espanca,
não terminou a dança,
cresci no descompasso,
e ainda me sinto criança.
Não sei  que vento balança
no meu cabelo a trança
Rapunzel
na torre do céu,
distante
me alcance.

Re editando

25 de fevereiro de 2014

EM DEFESA DELAS




Não nasci água,
Não nasci terra
Não nasci ar
Nasci
Quase flor
Nasci mulher
 Da água
Posso ser a nascente
 Da Terra
 Fértil semente
Do ar
Suavidade, perfume
doçura presente;
Não faça da minha pele,
O couro de um tamborim
Não faça do meu corpo
Um saco de pancadas
Não se aproprie de mim
Não me crave à alma
dores sobre-humanas.
 Lembre-se
daquela que te emprestou o ventre
e quem sabe chores  até.
Não me tire o céu, o chão.
Aquela que te trouxe ao mundo,
É também uma mulher
Corpo, alma, coração
E lágrimas.


Tempos atrás fiz esta poesia, após ter visto uma entrevista com uma senhora que durante anos  sofreu com  a péssima conduta do marido que a maltratava. Ela recebeu uma "Bela transformação".- Dessas que é comum, nos canais de TV. Me emocionei   muito com toda a sua trajetória de vida que infelizmente está presente em muitas famílias.



Imagem -Lú          Veja PROMESSA DE FLOR .http://suaveenatural.blogspot.com.br
                                                                                                     

                                                                                                   

22 de fevereiro de 2014


Quase clara quase gema.
Por tanta beleza -Gema!
Que a natureza só fez trocar
apenas...

Reeditando

21 de fevereiro de 2014

Agora é só na torcida.


Não está valendo mais como participação do Concurso Semeando  Poesia.
Gostei tanto de brincar
que não quis parar de semear.

Quero desejar Boa Sorte à todos.

                                                         
                                                                                   

19 de fevereiro de 2014

Detalhes e retalhos.

Imagem da Internet 



Mary  encontrava-se entre bonecas e retalhos, estes, que sobravam dos recortes de tecidos que a tia transformava em lindas peças femininas e masculinas.
A menina parecia seguir os paços da tia que morava em sua casa com seus pais. Levava jeito pra costura, com uma pequena diferença, além de já ter aprendido a costurar, ela também desenhava os modelitos de suas bonecas e das amigas. Passava horas ali, toda folga corria para a máquina, e já tinha fama de ser a estilista do bairro. Transformava as bonecas em lindas personagens de acordo com o gosto de sua dona.  Sentia-se feliz ao ver o sorriso e o encantamento das amigas. Tudo era uma grande brincadeira.
Mary ainda não namorava. Aquele era um tempo em que a infância parecia se prolongar um pouco mais. Apesar das mudanças físicas, os sentimentos, pensamentos, sonhos  tudo o que povoa o coração e a mente de uma garota de 13 anos, pareciam ficar guardado ali dentro dela, que nem mesmo se abria com as amiguinhas de sua idade, tudo era tão proibido, contido e ao mesmo tempo vibrante e silencioso.
Cada retalho trazia um rosto e uma história pra contar.  Nas mãos de Mary, uma seda estampada, com muitas flores na cor rosa bem extravagante e chamativa, mas... _ Gosto é gosto. Pensava Mary, lembrando-se da moça de vestido curto que trabalhava na farmácia. Outro retalho era oposto ao anterior, um tecido na cor bege, um Brim acetinado, que se transformou em um terninho para a mãe da Celina, uma doce senhorinha. Muitos retalhos de Lese que era a febre nos vestidinhos para as crianças. Xadrez na camisa do Alex.  Em seguida encontrou um pedaço de Guipir que sobrou do vestido da Julia, a noiva mais linda que ela viu.
 O casamento que enfeitou de rosas aquela tarde de setembro, jamais saiu de suas lembranças, além da Ave Maria a canção escolhida para a entrada da noiva, enquanto sinos faziam o anúncio. Imaginou-se entrando naquela igreja no vestido de Julia e todos a admirando.
 Sua tia a partir desta data tornou-se uma costureira muito elogiada, pelo sucesso que fez o vestido.
 Mary procurava tecidos delicados para a blusinha da Lili, a bonequinha que pertencia à Sheila. Após elaborar os croquis que na verdade nem sabia ser este o nome dos seus desenhos (encantadores de bonecas) ela escolhia os retalhos que mais se adequavam ao modelo.  Suas mãos finas e delicadas atingiam o fundo do cesto e reviravam tudo até que de lá retirou um tecido fino de toque macio.  Surpresa sentia-se ao amolecer de repente, como se sentisse um que de não sei o que. Ela não entendia o que estava acontecendo, alem de recordar-se dos olhos azuis do Fábio, moço de rosto lindo, mais lindo que o vestido da Julia e também do dia em que ele entrou em sua casa, junto com a mãe, trazendo uma sacola com um tecido dentro.   Fábio deveria ter uns dezesseis anos, já o conhecia de passagem. -Em cidades pequenas e interioranas, todos se conhecem de alguma forma.   A Camisa que seria de mangas longas era para estrear em seu primeiro emprego, na Loja de tecidos do Sr. Salomão. Meio acanhado falou de alguns detalhes sobre o modelo da camisa. Tudo acertado despediram-se educadamente.
Com o tecido ainda nas mãos, Mary  recorda-se  do arrepio que sentiu quando Fábio passou novamente por ela e a olhou quase que ternamente...
 Separou o pedaço de tecido e o guardou delicadamente em uma caixinha de madeira, dessas que toda garota tem e guardam coisinhas que trazem significados e inúmeros sentidos, segredos, saudades, enigmas e outras preciosidades mais.
 O Tecido permaneceu na caixinha e o olhar de Fábio no coração de Mary com inúmeras possibilidades de um futuro promissor e um final feliz.  Imaginem...




Lourdinha Vilela.







16 de fevereiro de 2014





Esta é a minha participação no Concurso Cultural semeando Poesia;
Todos podem participar clique aqui
Vejam a seguir as regrinhas.




Regras:
Fazer uma poesia com 7 palavras, sendo uma delas a palavra Poeme-se;
O conjunto de palavras tem que rimar;
Pode ser ou não a composição acompanhada de um desenho feito a mão livre, pode ser escrita em um papel, na areia, em um cartaz, quadro de avisos, bordada em tecido, pintada, apenas digitada e publicada, o que cada um imaginar, produzir, fizer brotar;
A poesia na forma escolhida deve ser publicada e compartilhada, devendo o participante publicar a produção com o nome do Concurso e a descrição poética dele que consta aqui ou uma descrição personalizada;
O participante deve ainda deixar na postagem do Meu Blog e Eu ou na Fan Page da Poeme-se o link da publicação com sua participação.
Prazo e resultado:
Valem publicações do dia 10.02.2014 ao dia 20.02.2014.
O resultado será publicado e divulgado no dia 24.02.2014 no blog Meu Blog e Eu, pela Poeme-se e pelo Alexandre (Escrevendo e Semeando).
Premiação:
Um kit Poeme-se Escrevendo e Semeando
Publicação especial da criação pela Poeme-se e pelo Meu Blog e Eu.
Corre lá ainda dá tempo!!

15 de fevereiro de 2014

                                                                        Imagem da Internet


Lourdinha Vilela                                          

Livros são como pontes,
travessias encantadas
para novos horizontes.

9 de fevereiro de 2014


Entre você e o céu
Há apenas o meu caminhar
Caminho ao seu encontro
Para o céu encontrar
O amor quando vem,
Toma o céu da alma
Em tons dourados
Traz cânticos também.
como pássaros agora 
juntos voamos para o infinito
que este amor é feito de asas,
caminhos, sons, pouso e abrigo

Lú Vilela.











4 de fevereiro de 2014



Um fio de sol Invade a casa.
É  o convite. Sem resistir corro para o quintal. Os pés já estão molhados pelo orvalho. Não me importo. O meu olhar se fixa no céu. São os movimentos das nuvens que se ajeitam  e  me impressionam. 



A natureza assombra e fascina enquanto nuvens densas
Vencem o sol.



Na vida podemos optar por deixar que nuvens escuras preencham o nosso dia, ou permitir que o sol
invada e aqueça.