Poesia
27 de novembro de 2020
20 de outubro de 2020
Escapo dos laços
Que me amarram
A mim mesma.
Esqueço por horas
Os conceitos
Os preconceitos
os direitos,
Aceitos ou não
Embarco no barco
Meio que afundando
E emergindo
na tragédia,
Águas
Dos dias de hoje
Que é viver...
Tomo os remos
Eu sou o que quero
Ser.
Quem armou e montou
O circo
Não soube
Que cortinas
Não são apenas
Feitas de panos.
Lourdinha Vilela
19 de outubro de 2020
Hoje
O hoje
antes de eu refletir
Quase não valia para mim
Hoje só importaria se anteriormente tivese data marcada.
Os dias de hoje, passavam pelos ponteiros do meu relógio, apenas.
Quase Ninguém nota o hoje que é hoje.
A gente está muito preocupado com o hoje do amanhã.
Ou seja, o hoje que estará no nosso futuro.
Tolice! Lá tudo é tão obscuro.
E então, não deveríamos crer?
Mas temos fé e esperança,
Vai acontecer!
O hoje lá no nosso passado, Talvez tenha mais significado.
Se por um momento foi marcado...
Momento esse, que no hoje de hoje, talvez nos faça feliz ou até sofrer.
É quando embarcamos na saudade, na vontade de novamente tudo voltarmos a viver.
Pra quê?
Como diz o Lulu Santos
" Nada do que foi será "
Será que somos incapazes de sonhar sem sofrer,
sem criar expectativas fora da realidade do
nosso próprio viver.
Sonhar é Bom!
Mas se o nosso sonho , no hoje de amanhã, não acontecer,
Se tudo o que sonhamos tenha sido em vão...
Vamos então
colocar nossos novos ou velhos pés no chão.
Hoje é hoje. Absoluto.
Carregado de vida e emoção.
A primavera chegando, flores se abrindo.
Vamos viver o hoje de hoje , pleno e iluminado, já que abrimos nossos olhos e o temos em nossas mãos.
Lourdinha Vilela.
20 de setembro de 2020
12 de agosto de 2020
19 de abril de 2020
COM HONRAS
- O extremo de mim
Busca os mais recônditos acordes
Do meu ser
E se expõe na canção
Que mais parecem pingos de chuva
Assim não mais posso conter
Lágrimas no meu rosto
Que ora chora
A dor do mundo
Minúsculo invasor
Que a Terra parou
Minha voz mais grave,
Outrora ressonante,
Hoje prende
O desalento
Grito flutuante
Ofegante Pátria amada,
Mãe ameaçada
Sua prole isolada
Insegura e Camuflada
Nas máscaras
As falsas verdades
De inimigos mutantes.
Adaptação:
Que
Hernani Vilela e
Lourdinha Vilela.
15 de abril de 2020
15 de fevereiro de 2020
...Por que essa dor,
dói,
Sem esconder o sorriso,
Dor de inferno e paraíso,
Que só mãe sabe onde dói .
É dor da saudade
Do longe-perto.
Não há distâncias,
Nem abismo,
É dor do ciúme,
Da lida que descontinuou,
Do cheiro do berço e do ninho
Que se dispersou
É dor da ausência
Do filho caçula que se casou.
Lourdinha Vilela.
2 de fevereiro de 2020
Imagem da Internet
Não há lugar este, que o meu olhar possa encontrar, que não o encontrou antes a poesia. Essa transborda na altivez da Natureza onde Deus descansa meus olhos e eles buscam docemente a figura da flor, presa à fresta das pedras respingadas, na imensidão da cachoeira.
A palavra pulsa na garganta mas o poema se faz mudo reverenciando a paz.
Algumas formigas vorazes se acumulam sobre minhas botas e me fazem acordar do delírio de versos que jamais escrevi.
Lourdinha Vilela.