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Ela varria, descontraída. Na casa da fazenda quase
todos ainda dormiam. Neste momento
passava tanta coisa por sua cabeça...
Sarah tinha agora catorze anos. Ali , era o seu local de trabalho, onde ajudava a mãe nos seus afazeres e eram muito queridas pelos patrões. Não tinha muito contato com a vida da cidade nem com as meninas de sua idade, a não ser quando ia à escola. A casa muito grande, consumia várias horas do seu dia nas tarefas leves, mas constantes. Mesmo assim era o lugar onde costumava construir seus sonhos, rodeada por muita beleza , desde a decoração luxuosa do interior do casarão aos jardins externos, tudo muito bem cuidado e como agora, sonhava, varrendo os pedaços de papéis espalhados por todo o piso. Eram também fitinhas encaracoladas como seus cabelos, caixas e caixas enfeitadas. Detalhes da festa de aniversário da filha de sua patroa na noite anterior, no melhor clube da cidade.
Sarah tinha agora catorze anos. Ali , era o seu local de trabalho, onde ajudava a mãe nos seus afazeres e eram muito queridas pelos patrões. Não tinha muito contato com a vida da cidade nem com as meninas de sua idade, a não ser quando ia à escola. A casa muito grande, consumia várias horas do seu dia nas tarefas leves, mas constantes. Mesmo assim era o lugar onde costumava construir seus sonhos, rodeada por muita beleza , desde a decoração luxuosa do interior do casarão aos jardins externos, tudo muito bem cuidado e como agora, sonhava, varrendo os pedaços de papéis espalhados por todo o piso. Eram também fitinhas encaracoladas como seus cabelos, caixas e caixas enfeitadas. Detalhes da festa de aniversário da filha de sua patroa na noite anterior, no melhor clube da cidade.
Se os simples pedaços de papéis dourados, prateados e
estampados com flores, já lhe encantavam quanto mais não a encantariam os
presentes!
Praticamente dançava
com a vassoura, rodopiando e até cantando. Seria ela a princesa e a vassoura o
príncipe? Logo seu avental se transformou num lindo vestido
branco, bem justo com alças
fininhas e um pouco de brilho. A
vassoura vestia um blazer e tinha olhos
de cristal. A sala com enormes espelhos
refletia o casal como um caleidoscópio, multiplicando seus gestos. Ele (A vassoura), a conduziu para outro salão
onde se encontravam inúmeros pacotes de presentes e ela começou a abrir um a um e
em seguida dobrá-los numa completa loucura, encantada com tudo.
- Sarah! Sarah! Ficou
louca, ou continua sonhando? Disse Ana sem nada entender à garota.
– Desculpe Aninha, estava apenas brincando um pouco. Sabe estava imaginando você dançando a valsa com seu pai na sua festa de quinze anos. Deve ter sido tudo tão bonito! Sarah se desviou com essa conversa para se desculpar por seus micos.
– Desculpe Aninha, estava apenas brincando um pouco. Sabe estava imaginando você dançando a valsa com seu pai na sua festa de quinze anos. Deve ter sido tudo tão bonito! Sarah se desviou com essa conversa para se desculpar por seus micos.
-Sim foi muito bonito, e ele estava lá. Disse Ana.
-Quem seu pai?
-Não, o André, lembra que lhe falei?
- Sim disse Sarah. – E vocês dançaram muito? – Muito respondeu
Ana. – Mas deixa para lá, depois te conto tudo.
-Ah!, vem aqui por favor.
Ana virou-se para Sarah intrigada com o que viu antes. – O que você pretende fazer com todos esses papéis que dobrou e essas caixinhas?
Ana virou-se para Sarah intrigada com o que viu antes. – O que você pretende fazer com todos esses papéis que dobrou e essas caixinhas?
Sarah meio desconfiada e sem graça, ria das perguntas. – Bem
se você não se importar vou guardar, achei muito bonitas. As caixinhas vão me servir para alguma coisa.
São tão lindas! – Como você pôde jogá-las fora?
Ana balançou a cabeça
como se não acreditasse no que estava ouvindo.
-Olha essa aqui Ana, com esse laço maravilhoso é encantadora
não podia desprezá-la assim .Sarah se sentia indignada.
-Você então precisa ver o que traziam dentro delas, ganhei
vários presentes maravilhosos. Disse
Ana. - E por falar nisso, espere um pouco que volto logo.
E Ana saiu apressada.
Sarah aguardou a amiga imaginando o que poderia ser.
Rapidamente ela voltou com outra caixa na mão. –Toma é para
você. Dirigindo-se a Sarah, com um sorriso aberto e feliz.
A garota logo se deu conta de que era um aparelho Celular.
-Para mim? –Não, não posso aceitar, o aniversário
é seu e além do mais eu não pude te dar ao menos uma bijuteria, como posso
aceitar . Disse Sarah ainda surpresa .
- Olha na verdade eu
ganhei mais de cinco desses de diversas marcas, não vai fazer falta alguma, e
não se preocupe, pois a pessoa que me presenteou com esse aí, a essa hora está voando para bem longe, e jamais vai saber disso.
Sarah abraçou a amiga e patroa e em seguida a mesma passou a
lhe explicar como usar.
Sarah naturalmente tinha um celular que não usava muito, mas
não como aquele de última geração.
Estava até meio tonta com tantos aplicativos como dizia Ana e tanta
tecnologia.
Logo depois de um grande abraço de agradecimento, Sarah despediu-se da amiga que ia para a cidade.
Sentou-se então no sofá e continuou apertando as teclas do celular testando o que lhe foi ensinado por Ana.
Sentou-se então no sofá e continuou apertando as teclas do celular testando o que lhe foi ensinado por Ana.
Logo veio a visão de
quando ela desceu as escadas com a caixa na mão. Pensou, nos celulares que a amiga ganhou, pensou nas próprias expectativas e refletiu:
- Será que não existem mais caixinhas de música como aquelas com bailarinas?
- Será que não existem mais caixinhas de música como aquelas com bailarinas?
Lourdinha Vilela.
-
Os sonhos são tão diferentes! Seu conto mostra o quanto a simplicidade impera em alguns corações, principalmente os ricos em sentimentos. Bjs.
ResponderExcluirBoa noite, Lourdinha
ResponderExcluirQue lindo conto!
Eu sou apaixonada por caixinhas de música.
Sairam da moda.
E uma pena, não?
Um beijo para tí de
Verena e Bichinhos
Oi, Lourdinha, que linda reflexão sobre valores segundo a expectativa de cada pessoa...o que se quer ou pede ou sonha depende da vida de cada pessoa e também de sua alma...o valor relativo dos bens materiais diante do ser verdadeiro em sua consciência.
ResponderExcluirUm abraço
Que lindo, Lourdinha! E temos que refletir muito no que aqui está implicito; cinco celulares de ultima geração para uma menina de 15 anos e outra, tão contente só com as bonitas caixas e fitas. E onde estão as caixinhas de música, as brincadeiras que, antigamente deliciavam as meninas de 15 anos.?
ResponderExcluirLembro quando tinha essa idade e tudo era muito diferente..
Quero desejar-te um feliz natal, amiga e que o nascimento de Jesus que se comemora nesse dia não seja esquecido. Obrigada por tudo.
Emília
Lindo seu conto , as coisas mudaram tanto que nem sabemos onde está
ResponderExcluiras meninas que também moravam em nós com tanta simplicidade
e inocencia.
beijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Oi Lurdinha vim agradecer tua visita e fiquei encantada com teu cantinho, Lindo Conto, levo-me a saudades que não voltam mais... beijos.
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