Uma menina conversava
alegremente com o pai, enquanto esse procurava no livro em suas mãos alguma
bela história de NATAL para
contar para a filha.
O livro era bem antigo e tinha uma linguagem um pouco ultrapassada, e ele teria que substituir palavras para que
ela pudesse entender. Daí veio a vontade
de perguntar a filha quais eram as palavras que por algum motivo ela gostasse
mais.
A menina pensou em
todas as palavras que de uma certa
forma mexiam e se torciam
dentro do seu coração por diversos significados , sentimentos, presença,
lembrança, afetos mil e até por simplesmente gostar.
- As primeiras, talvez as menores de todas , porém uma
imensidão
- Mãe.
- Deus.
-Pas – sarinho –
Na terceira, a menina
criou um certo suspense até completar a
palavra . O pai com certeza no instante em que pronunciou a primeira sílaba pensou - Ela vai dizer ,
pai. Até se decepcionar quando a palavra foi totalmente dita.
-Olhou –a bastante
surpreso , balançou a cabeça e pediu que continuasse .Daí veio uma chuva de
palavras.
-Árvore, ,Orvalho, sol, Montanha, Lua, Luar, crespúsculo. –
É crepúsculo- interrompeu o pai. – E continuou:- Rio, riacho, Céu, mar,
estrela, escola, pão, café, boneca,
salgadinho, pipoca,sorvete, etc.
- Ah.- Disse ela- Ia me esquecendo de falar do Papai Noel.
Está bem filha. Disse-se lhe o pai, encantado com a
simplicidade e inocência da menina, que parecia rabiscar o chão com o próprio olhar.
-Um dia minha filha, irá conhecer palavras e mais palavras que
você não tem ideia da quantidade, da diversidade , do
simbolismo. O mundo é feito de palavras e significados, e através delas, a gente
se transforma em um imenso dicionário. Algumas vezes elas poderão ser doces, noutras poderão te ferir e magoar ,
noutras poderão te emocinar, e te levar
a querer conhecer mais e mais palavras.
- Porém... Estou um pouquinho só, triste com você!
- Por que papai - perguntou a garota
Você pronunciou tantas palavras, mas faltou uma. - Pai!
- Ou será que você não gosta do seu pai, ou quem sabe você se
esqueceu mesmo?
-Não papai . - disse a menina. Eu eu não me esqueci não e acabei de falar.
-Papai
Noel.
-Ou você pensa que eu já não sei quem ele é .
- Abraçou o pai e
disse – Ele é você papai.
-Feliz Natal .
Lourdinha Vilela.
Oi, Lourdinha...menina esperta com certeza, reuniu dois conceitos e emoções numa saída honrosa, afetiva e sincera. Afinal, não é o Pai o nosso Criador inserido em nossa alma e elo de ligação com nossa própria Vida?
ResponderExcluirFeliz natal!
Bom dia natalino, querida Lourdinha!
ResponderExcluirTambém acreditei piamente... rs...
Lindo conto!
Sejam felizes e abençoados vc e seus amados!
Bjm fraterno e natalino