Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

20 de dezembro de 2015

Aos meus amigos

Imagem da Interne



Maturidade

Quando criança gostava de contornar as sombras  das árvores
Criadas à  partir  dos reflexos do sol e, ou da lua
Com uma varinha traçava seus galhos,dentro das  sombras
E   desenhava pássaros e frutos.
Chegou o vento
Pássaros arrojaram  voos
Os frutos agora maduros ,caíram, caíram.
Mas ficaram as sementes. 

Lourdinha Vilela

imagem do google.








27 de novembro de 2015

foto Lu


Estive cochilando
Meu cansaço precisava de um berço
Ou de um barco
Precisava esvaziar-se,
De que, não sei...
Larguei o remo e fiquei à deriva
Sem provisão, sem previsões
Ao encontro do nada.
Naveguei  a favor da correnteza
Que me trouxe novamente aqui
Meu porto seguro.

Lourdinha Vilela









21 de outubro de 2015

imagem Internet.



Minha prece
Pequenina flor
Que cresce
Chuva de pétala-lágrima
que o coração aquece,
voltado ao céu
  a tudo em Ti
Agradece,
 primaveras , verões
outonos e invernos
pois em tudo
 o Teu amor
floresce.

Lú Vilela
Postagem antiga.

Oi queridas amigas, não  estou encontrando tempo para fazer minhas visitas, assim que tudo se normalizar estarei de volta.
Um grande abraço a todas.



27 de setembro de 2015

Devaneios



Tenta se equilibrar
Perdeu as rédeas
E  um cavalo azul vibrante
Toma seus próprios caminhos
E a conduz num sonho
O dia se finda e o cansaço em seus olhos
É tão visível...
Mal consegue abri-los
Em suas mãos uma tesoura dourada
Recorta fotografias,
Em flashes, reconhece  paisagens antigas
Uma janela  aberta para um pomar
Seu coração salta por ela
Suave e adocicado licor de frutas
Uma flauta imita o assovio do vento entre as plantações,
Sabor e  som de uma presente-ausência
Já não se ouve o trotar
 do cavalo
Nuvens  circundam,  estão no ar
Logo uma chuva morna e  leve molha seu rosto
Mistura-se  as lágrimas no seu olhar.
Cavalo alado perde  forças.
Volta ao lugar comum

 .

Imagem da Internet

1 de setembro de 2015

Noite


 Véu suave aveludando a paisagem propõe descanso.
Deitam-se folhas e flores mil.
Lobeiras, mangabas, buritis, jatobás...
Na vertigem das sombras
o tom desbotado das Acácias e   ipês,
  abrigam em seus galhos pássaros equilibristas vergados de sono e de paz que ainda se faz, mata adentro.
 Despertam agora premissas de um concerto noturno
Urutaus, corujas, sapos ,  grilos e tantos outros,
Enfeitiçados pelo luar que se expõe
Por obséquio.
Lourdinha Vilela.



https://www.youtube.com/watch?v=osE7bpaO6R4


27 de agosto de 2015




Tão longe e vagos andam meus pensamentos...
Talvez a onda do mar os acolha,
Acrescente-lhes sal
Carregue -os em bolhas
Para a areia quente da praia
Até que  explodam  refletindo o sol.
-Mas que mar... - Aqui só vejo um triste lago
Sem onda, sem sal.
Abissal

Lourdinha Vilela.

17 de agosto de 2015


 Na velhice
Insurge-se o coração
Ávido pela luz da juventude.
 O tempo implacável
Desbotou as cores.
Ao coração restou
Os raios de sol
Que chegam através
Do olhar maduro
Na clareira da simplicidade.

Lourdinha Vilela





2 de agosto de 2015

Tudo


Esplanada dos Ministérios. BSB (Desenho Paint)


Lembrou-se da cerca de madeira ( de demolição) que nada e tudo cercava, pois o nada era o tudo. E assim dizia o pai, que tinha tudo que era nada. Lá dentro da cerca uma casa de luzes fracas acesas,
Pão e sopa era o jantar que esfriava sobre a mesa
Em volta construções sendo erguidas, uma bandeira nas cores verde, amarelo, azul e branco por ser hasteada, aguardava  em algum lugar  empoeirada.
Por que então seu coração explodia na dura vida e mesmo assim de alegria?
No papel o significado que o encantava - O palácio no plano e alto a filha fazia, com lápis de cor e purpurina para refletir como o sol na vidraça.  - O sol na vidraça!   Repetia a menina, ma só ela entendia o quanto lhe fascinava.
Enfileirados eles desfilavam como soldados, mil janelas  algumas no esqueleto traziam mistérios, que os dedinhos apontavam . Lado a lado sendo erguidos, Ministérios em uma Esplanada.
Não colheu os louros, o candango, filho de outras terras, de olhos verdes de pele aqui queimada, no sol de julho e agosto. Desgosto na Capital.  Ao menos pode rezar na Catedral.
A menina soprou a purpurina e fez nuvem de brilho seguindo para o céu.

Lourdinha Vilela.


29 de julho de 2015

Para se dizer Feliz.




 Às vezes paro, sem parar, pois estou exatamente caminhando. Paro para pensar, sem parar.   Faço uns seis quilômetros diariamente, mas sei que preciso alcançar um pouco mais.    Tenho que queimar calorias como tantas outras pessoas que encontro pelo caminho, porém tenho que respeitar meus próprios limites.

Deixando de lado as causas como os problemas genéticos  que tornam as pessoas propensas a engordarem,   acredito que também engordamos em busca de felicidade, a felicidade em si de  comer tudo o que nos satisfaz, a felicidade de  comer principalmente doces, chocolates, sorvetes, todos açucarados, com a promessa de confortar ( como é o meu caso),  quando  para  compensar alguma falta material ou emocional,  mesmo que  depois,  arrependidas, emagrecemos para poder continuar a buscá-la  (a felicidade)  incessantemente, e novamente engordamos e emagrecemos...
 Ao contrário de muitas mulheres, eu me gosto muito mais quando estou com uns quilinhos acima do meu peso ideal.  Sempre fui muito magra mas depois que vieram os filhos engordei um pouco  e  me senti melhor com o meu físico.  Mas acreditem sou extremamente gordinha por dentro, minhas taxas de colesterol chegam rapidamente à limites perigosos...

Daí vem a questão:  Ser ou não ser feliz.



Há lacunas dentro de mim
Talvez por isso viva  assim
Trazendo flores dos campos
Dos passarinhos os cantos
Infinitos arranjos externos
Movimentos das águas
Enquanto enfeito  meu peito
Corrigindo pouco a pouco
As mágoas.

Ser feliz é tudo o que se quer(Paixão- Kleiton e Kleidir)

16 de julho de 2015

28 de junho de 2015

O meu amor sabe...





Sabe dos galhos entrelaçados das árvores,
 Abraço e abrigo.
 Nos entrecortados das matas,
 Sabe dos ninhos escondidos
Feitos fio a fio pelos passarinhos.
Sabe das estações,
 De suas cores,
 Seus tons, calores,
 Arrepios do  frio,
cobertores primaveris
 o solo  de flores.
Secas plantações.
Da Cheia das águas,
Das mágoas
Das orações.
Sabe ler as horas pela sombra do sol.
Sabe o barulho dos bichos
 E se não é bicho, cuidado é preciso ter.
 Sabe com Deus o dia  tecer.
Sabe dos rios, dos barcos, dos peixes, das iscas,
De saciar a fome.
E para a minha emoção,
Da minúscula flor, sabe o  nome,
 Dos tamarineiros, dos figos, das laranjeiras,
 Aboboreiras  bordando o chão.
Espuma de sapos.
Canto das cigarras.
Das tanajuras,
o voo nupcial.
 Das madrugadas
Ao nascer do sol,
O arrebol.
 Acordar com o relógio dos galos no quintal.
Da lanterna dos pirilampos,
Faiscando na escuridão.
Sabe do luar,
 Clareira para sonhar,
 Viola para acompanhar.
Prelúdio  de amar.
E quando meu coração
 Aporta
Na enseada da solidão,
Sabe da canção
 E diz
Que é para me fazer feliz.

Lourdinha Vilela











22 de junho de 2015


Bom dia, queridos  amigos,  

Fiz esse pequeno vídeo às margens do Rio Paracatu, na cidade de Brasilândia de Minas Gerais. 
 Minha câmera, não é lá essa grande coisa,  mas gostei do resultado,  Filmando um pouco ao longe da cena mas dá pra ver direitinho, Não sei usar o zoom  para filmagens, mas é só clicar para aumentar a tela. O dia estava nublado
 Beijos, 
Estou aprendendo.













fotos Lú Vilela


9 de junho de 2015

Imagem da Internet. By Flávio  Brandão.


Não sei fazer queixas
Antes me calo
Deixo com o meu silêncio
A queixa a estampar
O tempo passa..
leva, conserta
e de volta
 Irá me encontrar
cantando nas manhãs
Nos campos de lá...
Eis a minha mágica
na tormenta atemporal 
A minha mania de pássaro
Quiçá
Um sabiá.

Lourdinha Vilela

5 de junho de 2015

O livro


Lá fora, a tarde
Se faz em cores tristes
O cinza desaponta
 O dia é preguiçoso 
Envolto em lã.
O livro guardado na estante à  espera
  De um leitor que lhe alcance 
 Lhe retire o pó
E  inicie a viagem por suas páginas primaveris
de sol dourado e romances calientes. 

Lourdinha Vilela




29 de maio de 2015

Vira-latas



Sustentada por velhos mourões
 A cerca era toda em arame farpado
várias carreiras  listravam a visão .
Mesmo assim, dois cãezinhos esguios
por ela entravam
atraídos pelo cheiro
da comida no fogão.
E na hora em que a família 
se reunia na varanda pra almoçar,
sempre, pra  eles sobrava 
um pouco de tudo, pra festejar.
Ora um osso de uma pobre galinha
ora angu de fubá,
mandioca bem fritinha, 
 e água da poça, quando chovia 
mas se a barriga estava cheiinha,
pra que reclamar!

Um dia uns homens vieram
pra  cerca derrubar
e os cãezinhos  espiavam surpresos
- Vai ficar mais fácil agora, 
nada de arames pra espetar.
E chegaram mais homens
mais tijolos, cimento
e pás.
Uma parede imensa crescia
para o roçado fechar.

Pobres cãezinhos famintos
agora se olhavam a pensar..
Melhor procurarmos outra roça.
Comidinha foi feita pra comer, 
não só para cheirar.

Lú Vilela

reeditando









26 de maio de 2015

Pelas ruas

                        Imagem da Internet                                


Imagino ao acaso um poema 


São tantas cenas...
Pessoas na rua.
nosso bom dia,
nosso descaso.
Tantos detalhes,
tudo fluindo e influindo
 positivamente ou não.
Olhares,
 sorrisos.

Hoje aqui estou,
de dentro do meu quintal,
olhando a  mesma rua
ora vestida de gente,
ora nua.

Vejo um menino
batendo de porta em porta.
Mendigando estava,
porém, ninguém o recebeu.
Sentou-se na calçada,
 seu olhar entristeceu.
Vejo um velho, quase sem os seus cabelos
 buscando um pouco de sol.
Um rapaz lavando  seu carro
-táxi.
Uma flor,
Dente - de –Leão
.
Janelas velhas, janelas novas.

Meu olhar e a poesia
 rua afora.
Mas é dia,
busco concentração.
Faço e desfaço versos.
Desisto então.

Cai a noite.
Ela,
é como um canteiro.
se acaso quero
um poema  criar,
e chega bem escura
é hora de semear.
Quando todos dormem
pareço despertar.
Vem a lembrança...
O rapaz do táxi,
poderia estar
recebendo um telefonema,
alguém pedindo urgência,
alguém precisando,
seu táxi usar,
e uma barriga imensa,
querendo se esvaziar.
O moço deixou seu trabalho,
para outro trabalho enfrentar
metade do carro,
ainda  por lavar.
Metade limpo, metade sujo,
assim como  no parto se fazia,
metade alegria
metade dor,
e por causa da correria,
a mangueira ligada ficou.
Para o menino pedinte;
A festinha!
Ladeira abaixo, a água escorria,
graminhas entre os meios-fios,
agradeciam.
E o menino sapateando o sol
que a água refletia.

Uma rajada de vento,
 levou a flor...
Centenas de pétalas minúsculas
para a cabeça do avô,
que nem sequer percebeu ,
que mais fios ganhou.

E eu 
por acaso a me encantar...
 A noite escura
agora,
começava
a clarear

por :Lourdinha Vilela

Queridos amigos , estou reeditando postagens pois minha mãe está precisando um pouco mais de cuidados,
logo estarei trazendo novas postagens, Peço que me desculpem aos poucos colocarei em dia  também, as minhas visitas. Uma excelente semana  a todos.



9 de maio de 2015

Esta imagem : Internet.

Eu quero um cantinho assim
para festejar a natureza.
Com vasinhos nos descanso das janelas
e florindo, as violetas, rosinhas brancas e amarelas.
Do artesanato da Vila, direto para o meu pomar,
uma casinha de passarinhos,
para acolher as avezinhas,
que queiram se aninhar.
Um pé de romã, outro de pitangas,
uma bananeira, outras laranjeiras.
Quem sabe uma estradinha,
para a gente caminhar, chegar até o rio...
Ai que vida Boa!! Sera?

Lú Vilela


7 de maio de 2015

                                                              Imagem da Internet.

Passei na contramão do seu olhar
Você olhou pra mim
 Um sorriso rasgou suave o seu rosto
 Mais precisamente o lado do lado meu
Foi como um relâmpago
O bater das asas de um pássaro
Ou de uma porta entreaberta .
Diligente mas com tanta personalidade...
Abriu uma clareira,
Quis voar em suas asas
E adentrar sua porta

Lourdinha Vilela
.



2 de maio de 2015

O Alpinista

                                                                     Acrílica s/madeira(Lu Vilela)
                                                                               
Autor desconhecido.



                                                                                Um homem tinha um grande sonho e durante anos treinava para realizá-lo. Escalar a montanha KX a segunda maior do mundo, onde muitos haviam morrido na ânsia de chegar. Este era o seu grande sonho.
Ele sabia da dificuldade que enfrentaria mas por ser orgulhoso, queria as glorias de alcançar o topo da montanha sozinho, feito inédito até então.
Chegando o grande dia o alpinista começou sua escalada rumo ao pico, e escolheu o lado mais difícil e perigoso. Apesar do seu preparo físico, o cansaço o venceu quando estava quase atingindo o pico da montanha.
Escorregando, começou a cair muitos metros pela encosta até que um dos ganchos que ele havia colocado para sua segurança o sustentou .Ali, ele ficou pendurado, bastante machucado, por horas seguidas, à espera de uma equipe de salvamento. Já era noite e uma neblina muito intensa encobria a montanha. No desespero em salvar-se  e sem saber em que altitude se encontrava, ele gritou aos céus pedindo socorro "Deus se você existe, me ajude agora"! " Não obteve nenhuma resposta e mais uma vez ele clamou: "Deus, para quem minha mãe tanto rezou, se  você  existe, me socorra"! Nesse instante uma voz forte respondeu: "Você me chamou meu filho?"
O alpinista desconfiado, porém muito assustado perguntou: "Quem está falando?"
"Você me chamou?" Eu existo sim, e estou aqui para ajudá-lo" respondeu a voz em tom acolhedor.
"Então Deus me ajude a sair desta situação, caso contrário morrerei"- O desespero já tinha tomado conta do alpinista, tão confiante das suas habilidades"
"Você lembra daquele presente que sua mãe lhe deu no seu último aniversário?- perguntou Deus a ele.
"Aquele canivete todo especial? Sim está comigo!"
"Pois bem disse Deus, pegue-o agora e corte esta corda que lhe segura. Pode confiar em mim"!
Fez-se um grande silêncio o alpinista pensou,pensou...
No dia seguinte o encontraram morto, agarrado à corda ,a exatamente um metro, isso mesmo a um metro de distância do chão.
Ele não confiou em Deus.



"Compreendi que  acima de minha parca e mutável sabedoria havia uma verdade eterna, imutável. Atentei, então para o fato de que tal verdade é Deus" (S.agostinho)



Louca por tintas e pincéis.

Há mais ou menos dois anos, enquanto fazíamos uma pintura aqui em casa,  aproveitei  um pouco de massa corrida e tinta acrílica, e  fiz essa paisagem sobre um pedaço de madeira que nunca emoldurei,  Estava aqui junto com uns trecos que  queria jogar fora mas fui acumulando, resolvi então tirar uma foto, e ficou assim com o brilho atribuído pela tela do PC.  Até que gostei. bjs.





















25 de abril de 2015

Nações


Imagem da Internet

Para que acordem à dor sólida
 do mundo 
Quero cantar um canto
 novo-velho.
Que encha as ruas de notas
E notares...
Quando eu notar
E tu notares,
Quando ele  notar
Nós então notaremos
Almas vazias
Olhos perdidos
Pés descalços
Guerras,
Frio e fome.
Há de renascer a canção
Nações unidas
Das mãos estendidas.

Lourdinha Vilela







22 de abril de 2015

A-mar

                                                                   Vladimir Volegov

 Gosto do seu olhar
expressando saudade,
 Navio
 sem porto
quer atracar.
Haja âncoras
para alcançar
Terra firme
 A praia
 Do meu a-mar

Lourdinha Vilela

 
Imagem da Internet.

Canção 

Preserve o meu amor por ti
Ele é fonte singular de ternura
Que enobrece o teu viver,
suaviza o lado  talvez tirano
da sua insensatez .
 Entregou a ti o próprio trono
e se deixou submeter aos teus caprichos.
Roga por ti nas tuas quedas.
É  como a chuva e o  sol sobre as plantas
que potencializam a floração,
logo se notam  os frutos.
Preserve o meu amor,
e em sua paz ouvirás
violinos e harpas.
Sonoro é o meu  amor,
Serei sua eterna canção.

Poética
Ao cansaço do dia
misturei meus versos
e me embalou a poesia.

Lourdinha Vilela

Imagem  Internet

 (Reeditando)Lourdinha Vilela
Imagem da Internet





14 de abril de 2015

Foto Lú
         

Meu coração deificado
Acredita que tudo pode
E se mete a sonhar
E cria asas
E se lança
 sem limites
No limiar dos sentimentos
E de lá despenca
E se encolhe,
E nada o acolhe
Se não a lágrima
no meu olhar.

Lourdinha Vilela