No farol ofereci arte
Joguei meu sorriso,
Estendi-lhe a mão.
Você baixou o
olhar,
Atirou-me
moedas,
E ali fiquei no
chão.
No supermercado
Conduzi seu
carrinho,
Joguei meu sorriso,
Estendi-lhe a mão.
Você baixou o
olhar,
Atirou-me moedas,
E ali fiquei no
chão.
No estacionamento
Lavei seu carro,
Joguei meu sorriso,
Estendi-lhe a mão.
Você baixou o
olhar,
Atirou-me moedas,
E ali fiquei no
chão.
Na tarde cinzenta,
Presa às ferragens,
Seu olhar me olhou,
Joguei meu sorriso,
Estendi-lhe...
E ali ficou no
chão.
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por Lourdinha Vilela
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por Lourdinha Vilela
Esse é um lamento que vemos todos os dias amiga Lourdinha.
ResponderExcluirÀs vezes não retribuímos nossas mãos por medo ou insegurança,mas
quem sabe em vez dos trocados,estendermos nossas mãos ao pedinte,uma
palavra de amor.
Poesia bem reflexiva.
bjs amiga.
Carmen Lúcia.
Tocante e lindo.Profundamente lindo! beijos,chica
ResponderExcluirTocante, bem assim, cidade grande as pessoas temem tudo, por causa de alguns todos são "julgados", os medos fazem isso!
ResponderExcluirLindo, faz sentido, bom seria poder dar o nosso sorriso e um bom papo, mas...
Abraços linda poetisa sensível que nos sensibiliza!
Oi, Lourdinha...uma reflexão que todos fazemos e o nosso constrangimento também é muito grande...e ficamos pensando como um país tão rico de possibilidades mantém a miséria como uma constante escancarada... e uma violência subjacente que deixa todo mundo refém de uma situação vergonhosa...e de medo
ResponderExcluirUm abraço
Excelente! Profundo...
ResponderExcluirBeijinhos
Um profundo lamento a que junto o meu. O ser humano deixou morrer a humanidade dentro dele e não olha para aqueles que estendem a mão tantos deles por não terem um pão para darem aos filhos. Mas...há falta de humanidade quando não se tem tempo para oferecer o ombro a um amigo que está triste, a uma pessoa que passa por nós e dá aquele " olá " triste; nós às vezes nem respondemos, mas, já me aconteceu de sorrir e parar e descobri que aquela pessoa queria só conversar. Há fome...há frio...há sede, mas há muita, muita falta de afetos e o ser humano cada vez menos disposto a da-los. É triste, mas vivemos acossados por um medo talvez exagerado, por uma correria desenfreada para ter mais e mais. Vamos às vezes ao funeral de um amigo ( já me aconteceu ) com quem já não falávamos á muito nem sequer por telefone.estamos a jogar fora aquilo que de mais precioso temos, a nossa Humanidade. Parabéns;, Lourdinha, por este lamento que é o de todos nós. Beijinhos
ResponderExcluirEmília
sensacional Lourdinha, nunca se sabe o dia de amanhã, todos nós podemos um dia estar no lugar daquele que precisa de ajuda, amei o texto parabéns! Bjosss
ResponderExcluircomovida estou....
ResponderExcluir:(
Nossa, Lourdinha, que emocionante!
ResponderExcluirAté dói o coração, pois muitas vezes agimos mesmo assim, por medo ou por descuido, esquecendo do ser humano que está por detrás daquelas mãos estendidas.
Linda e comovente inspiração.
Beijo.
Comovente!
ResponderExcluirBjs :)