Custou-me transpor as fendas da minha infância,
chegar à adolescência, sem a proteção paterna, sem os chiliques e as
manhas respectivos da idade, sem as roupas da moda, sem assistir
aos filmes que sonhava, sem as chaves do carro(utopia) sem elogios e o
reconhecimento da beleza pura e casta, pouco exposta em fotografias, a não ser quando alguém de fora , trouxesse uma câmera , presenteasse a minha vaidade contida, e depois me fizesse morrer de ansiedade enquanto
as fotos não fossem reveladas. Ah!
Quanta espera, acredito que foi aí, nesse ponto que comecei a desenvolver um
perfil paciente. – Meu Deus, eu já fui muito paciente! E quando as fotografias chegavam num envelope
pardo, ou em monóculos, eu, ainda por cima, era a última a vê-las.
Deveria ter tirado mais fotos, como as garotas de hoje o fazem, aproveitando estes momentos únicos, adolescentes, nesta faze literalmente hormonal.
Deveria ter tirado mais fotos, como as garotas de hoje o fazem, aproveitando estes momentos únicos, adolescentes, nesta faze literalmente hormonal.
Coisas da vida, Lu. Senti na pele suas palavras. Beijos, querida amiga!
ResponderExcluirE cresceu bonita, forte e segura...é isso que importa!
ResponderExcluirUm abraço
Eu acho muito mais gostoso viver das lembranças. Minha mãe é assim. Bem poucas fotos, e é muito mais gostoso imaginar quando ela traça em suas lembranças as cores, formas e sabores da vida!
ResponderExcluirLinda dedicatória!
Difícil não me emocionar com seu texto.
ResponderExcluirMeu terno abraço com carinho. :)
Lourdinha!
ResponderExcluirNosso arquivo de memórias é algo precioso, sempre vale a pena relembrá-los... Tudo que vivemos, de positivo ou negativo é o fator determinante do que somos hoje. Comparo nossas experiências de vida a uma boa pintura, ora com cores fortes e brilhantes, ora com cores neutras e apagadas, mas que combinadas resultam em beleza e harmonia. Numa composição de cores precisamos das cores apagadas que dão suporte às cores fortes, destacando-as ainda mais. Não é assim tbm na nossa vida?
Gostei especialmente desse texto por me trazer doces recordações. Eu tbm esperava ansiosa a revelação das fotos que parecia demorar uma eternidade rsrs. E quando ‘queimava’? Que decepção!! rsrs. Adolescente é tudo igual, hoje e no passado... Nada é perfeito quando se tem hormônios em ebulição rsrs.
Um beijo enorme querida amiga!
Oi Sueli,
ResponderExcluirQue bom que você veio compartilhar e atenuar o tom de cinza na composição do texto. Reconheci que a vida é mesmo assim, esta mistura de cores, sons e cheiros,impregnados na nossa memória. Obrigada minha amiga.
Espero que tudo esteja bem contigo.
Amiga Lourdinha, nem pense que foi diferente a minha infância, sem muitas fotos, algumas tiradas pelo meu tio, (que foi como irmão mais velho pra mim, criado por meus pais, irmão caçula de minha mãe)meu pai se quisesse casar com minha mãe teria de aceitar o irmão dela, ainda bem, tive um irmão mais velho que me cuidou também!
ResponderExcluirAmei ler seu texto, senti a sua alma aqui, viver é isso minha linda amiga, acredito que tens uma linda alma moldada pela própria vida que é sábia, a Vida com certeza é sábia minha amiga!
Abraços e tenhas um lindo fim de semana, agradeço o carinho de sua visita, estava com saudade!
Temos tantas, mas tantas lembranças...Lindo, emociona te ler! beijos,chica
ResponderExcluirOi Lourdinha
ResponderExcluirDá um apertinho no coração mas é sempre muito bom recordar a adolescência _ idade das descobertas ...
Lindo seu texto ,parabéns pela magia da escrita _ a mim enternece.
beijinhos e obrigada pela presença querida.
boa semana
Lourdinha,tb quase não tenho fotos de minha adolescencia.Uma pena mesmo!Comoventes suas recordações e me trouxeram outras tantas tb.Bjs,
ResponderExcluirTexto lindo que fala de saudades, de dúvidas e de frustrações. Penso eu, que isso ocorre em todas as idades. Já me peguei pensando nas coisas que deixei escorrerem, agora, já em idade madura. E creio eu, que farei o mesmo daqui a 10 anos, lamentar o que deixei escapar! Mas a vida é uma repetição de fatos. Não necessariamente iguais, mas quase.
ResponderExcluirLindo, amiga, meu carinho aqui pra você!
Olá Lourdinha,
ResponderExcluirUma página regada a melancolia e que me levou para um breve passeio ao passado. Parece que a adolescência provoca marcas muito parecidas entre os jovens dessa fase.
Não me lembro de me importar com fotografias na adolescência, talvez porque nesta fase da minha vida eu ainda era muito 'criança'(rsrs). Fui ao cinema pela primeira vez com 16 anos (antes só podia ir à matinée). Mas logo após a adolescência já me apaixonei pelas fotografias e também tinha grande ansiedade para vê-las reveladas (e demorava!-rsrsrs).
A música me embalou neste passeio. Inesquecível!
Você andou sumida, querida. Senti sua falta.
Ótimo final de semana.
Beijo.
Felizmente, temos lembranças. E acredito que a espera, para quem anseia, como a relativa a fotos, no texto, é compensadora. Sinto que as facilidades, principalmente na adolescência, nem sempre geram felicidade. Quando olhamos para trás, percebemos as lacunas. E sempre as teremos, nesses momentos, independente da idade. Bjs.
ResponderExcluir