Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

3 de maio de 2012

ZOO





Nos cantos dos cantos do zoológico
Espreguiçam-se as antas
Penduram-se os macacos
Nas árvores ruídas.
E os pássaros
Acreditam
Ser livres sob telas de metal
 A girafa
Quando alcança o cume de outra tela
Elegante e bela
Acha-se a tal
A serpente tão  temida
Parece dormir, com cara fingida,
Expondo seu dorso colossal
Bonito o pavão
Quantas serão suas cores?
 Quem sabe um dia ainda
Conseguirei contar
 Se por sorte, suas asas abertas encontrar.
E o elefante, tão grande pesado
”Sansão”
De olhar tão doce,
A pata acorrentada, 
Coitado!  É a minha impressão.
Sapos, tartarugas, jabotis
Ariranhas,
Araras, papagaios...
O que  ainda estou fazendo aqui?
 Preciso visitar as onças, os tigres
Também o rei Leão
 Rei na terra de ninguém,
Fez chorar meu coração.


lourdinha Vilela 







2 comentários:

  1. Lendo seu poema pude sentir sua tristeza ao fazer esse passeio no Zoológico, muito bonito seu versejar. Bjo

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  2. Lu, vc é demais, seus poemas nos transmitem tranquilidade, acho que tá na hora de publicar o seu livro, que tal?

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