Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

24 de março de 2024













                             
Boa noite,

Hoje resolvi visitar

 meu próprio e antigo espaço.

Não sei como distanciei-me

de tantos laços.

Confesso que meu olhar se encantou.

As lembranças dos amigos que fiz, permanecem no coração.

Nada mais bonito que contemplar essas amizades, embora que virtuais,

através de seus escritos, poemas e imagens, fotos, comentários, etc. 

Não poderia descrever o quanto aprendi e

o quanto me sentia feliz.

Vejo que alguns blogs permanecem ativos apesar da febre das redes sociais.

Lamento ter desviado meu foco por vários motivos e me lançado no abismo,

dos toques frenéticos onde o olhar não descansa e avança em direção ao consumismo.

Aqui águas calmas,  

com certeza permanecem no vai e vem das ondas da paz.

Saudade queridos amigos. 

12 de julho de 2021

Flores inventadas

AcrilicaS/tela. 


Pensei em pintar flores 

e sem qualquer esboço, 

 sem projeto,

peguei  tintas velhas  

e ressequidas,

porém, coloquei afeto.

Nasceram botões 

Quem sabe Tulipas...

Flores da minha imaginação. 

Na tela reaproveitada,

de uma outra antiga invenção,

Vi flores sorrindo,

abraço  de amigos

carinho de mãe, 

A tristeza fugindo

do coração. 

Lourdinha Vilela.


.



2 de julho de 2021

Assim para sempre!




Madrugada,
o frio  
 me desperta.
Você dorme.
Quem sabe sonhe.

Gelado e cambaleante
 Meu braço-abraço  se esgueira a procura  do seu colo quente.
e então se aninha,
 se aquece de abrigo
e uma sensação  de ternura, 
 de pertencimento
 e de eterno
Me faz novamente adormecer.

Lourdinha Vilela

Imagem da Internet

8 de junho de 2021


 As vezes  me detenho

Entre um copo e outro d'água,

Já bebi um rio.

A garganta continua seca

Começo  então  a pensar...

Não  é  sede de água 

Não  pode ser.

Nada sacia a sede da alma.

As estradas dos sonhos

Foram bloqueadas ,

Cortei caminhos 

A visão  ficou turva.

As flores que ainda encontro,

Insistem porém

 como se ensinassem vida,

Pétala por pétala

Se abrem coloridas

Esperando orvalhadas

O beijo matinal  do sol.

Lourdinha Vilela.





23 de março de 2021


Eu hoje acordei de um jeito bom de acordar!

Sem amargo na boca.   
E o meu sorriso,  
esperando chegar  
a hora do bom dia
E de poder abraçar.


A casa cheia de gente,
de vozes roucas,  
de sonolência no olhar,  
choro morno de criança,  
notas contínuas de um violão,  
preguiças assumidas,  
hora de ir trabalhar.  
Cotidiano de vida,   
banhos, toalha, roupão. 


Ternura e enlevo

 E lá da cozinha vinha 
 cheiro de pão e café. 


 Dourando as cortinas 
 dessas manhãs, 
 tão distantes agora, 
 quando tudo é incerto, 
 menos a fé, 
 o sol é o mesmo.  


 Eu hoje acordei de um jeito bom de acordar
 Era só um sonho! 
 E a única certeza, 
 é um deserto no olhar. 


 Eu redesenho com os dedos 
 as flores bordadas na toalha da mesa,   cadeiras dispostas em volta 
 esperando a solidão passar. 


 Lourdinha Vilela.