Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

27 de setembro de 2015

Devaneios



Tenta se equilibrar
Perdeu as rédeas
E  um cavalo azul vibrante
Toma seus próprios caminhos
E a conduz num sonho
O dia se finda e o cansaço em seus olhos
É tão visível...
Mal consegue abri-los
Em suas mãos uma tesoura dourada
Recorta fotografias,
Em flashes, reconhece  paisagens antigas
Uma janela  aberta para um pomar
Seu coração salta por ela
Suave e adocicado licor de frutas
Uma flauta imita o assovio do vento entre as plantações,
Sabor e  som de uma presente-ausência
Já não se ouve o trotar
 do cavalo
Nuvens  circundam,  estão no ar
Logo uma chuva morna e  leve molha seu rosto
Mistura-se  as lágrimas no seu olhar.
Cavalo alado perde  forças.
Volta ao lugar comum

 .

Imagem da Internet

1 de setembro de 2015

Noite


 Véu suave aveludando a paisagem propõe descanso.
Deitam-se folhas e flores mil.
Lobeiras, mangabas, buritis, jatobás...
Na vertigem das sombras
o tom desbotado das Acácias e   ipês,
  abrigam em seus galhos pássaros equilibristas vergados de sono e de paz que ainda se faz, mata adentro.
 Despertam agora premissas de um concerto noturno
Urutaus, corujas, sapos ,  grilos e tantos outros,
Enfeitiçados pelo luar que se expõe
Por obséquio.
Lourdinha Vilela.



https://www.youtube.com/watch?v=osE7bpaO6R4