Ela praticamente
ordenou-lhe que não a
procurasse, nem ao menos queria ouvir sua voz.
Era o fim de tantos finais. Sentia-se cansada. Voltou-se rapidamente soluçando, sem
sequer ver a lágrima que também molhava o rosto
dele. Entrou no carro e praticamente voou.
A noite
chegou fria com a chuva que batia na vidraça. Ainda de roupão, ela folheava
livros, revistas, beliscava uns petiscos, mudava o canal da TV insistentemente
a cada minuto. Por vezes fixou o olhar no celular em cima de uma mesinha...E
nada.
Lá pela madrugada
o celular enfim a desperta. Ela que apenas cochilava, levanta-se e segue atordoada em direção ao aparelho, reconhece o número e o deixa tocar várias vezes.
- Que
insistisse.- Que sofresse! Pensou. Seu sangue fervia...
Aproximou-se
um pouco mais, sentou-se ao lado da
mesinha, cruzando e descruzando as pernas, suas mãos tremiam de ansiedade,
pensou em atender e ao mesmo tempo não. Sempre diria um não. Esta seria a sua atitude de agora em diante. NÃO! Não a si própria, não àquele amor.
Deixou que tocasse um
pouco e mais um pouco...
Foi a última chamada. Ficou mudo .O silêncio
doía muito mais e a deixou com aquela dúvida
infinita...
Seria a saudade?
Lourdinha Vilela.
É preciso determinação, em "casos" como este, mas que é difícil suportar, lá isso é, quando a saudade persiste...Um mimo de conto, Loourdinha!
ResponderExcluirBom final de semana...beijos!
Oi, Lourdinha...tão real e verdadeiro!...quantas pessoas por esse mundo de Deus estão nesse momento nessa angústia...ás vezes são momentos, às vezes para sempre...o amor no delicado equilíbrio do equilibrista...
ResponderExcluirUm abraço
Lourdinha, enquanto lia, eu ia roendo minhas unhas aqui, solidária a ansiedade de sua protagonista rsrsrs Quem não viveu um momento assim na vida, quando o NÃO se fez necessário e teve que ser imposto, mesmo contra o pulsar apaixonado do coração? Pois, apesar da paixão, o relacionamento não é satisfatório e faz sofrer ao invés de ser feliz... É preciso ser firme, resistir. Fico feliz que a personagem tenha conseguido suportar "o fim de tantos finais".
ResponderExcluirUm lindo conto, minha querida, que embalou meu feriado chuvoso! Beijos
Boa noite querida lourdinha, a minha visita hoje é para divulgar meu novo blog. Criei mais um com o nome FILOSOFANDO NA VIDA, para postar minhas produções textuais, pensamentos e poesias. Ficarei feliz com sua visita e se me de o prazer de curtir mais este projeto.
ResponderExcluirO linque do blog é:
http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/
Uma linda noite e que a paz Divina esteja sempre com você e sua família.
Bjuss ,profª Lourdes Duarte
Essa palavrinha muitas veze define o percurso a seguir e em seu conto ele prevaleceu mesmo que o coração estivesse ardendo de ansiedade e dor.
ResponderExcluirCortes necessários e outras possibilidades à frente...
Assim eu sinto.
Gosto da prosa Lourdinha
abraços
Difícil! Coragem e determinação para quem sabe o que quer.
ResponderExcluirFeliz domingo, Lourdinha!
Beijos :)
Ela estava decidida e por certo também muito sofria! Linda inspiração!beijos,chica
ResponderExcluirHá muitos casos assim e às vezes as decisões devem ser tomadas no momento
ResponderExcluircerto.
Lindo texto Lourdinha.
Obrigada da visita e comentário.
bjs
Carmen Lúcia.