um poema.
Poema ao acaso.
São tantas cenas...
São tantas cenas...
Pessoas na rua.
Nosso bom dia,
nosso descaso.
Tantos detalhes,
tudo influindo
positivamente ou não.
Olhares,
sorrisos.
Hoje aqui estou,
encostada ao pé de amoras
de dentro do meu quintal,
olhando a mesma rua
hora vestida de gente,
hora nua.
Vejo um menino
batendo de porta em porta.
Mendigando estava,
porém, ninguém o recebeu.
Sentou-se na calçada
E seu olhar entristeceu.
Vejo um velho, quase sem os seus cabelos
buscando um pouco de sol.
Um rapaz lavando seu carro
-táxi.
-táxi.
Uma flor,
Dente - de –Leão.
Janelas velhas, janelas novas.
Meu olhar e a poesia
rua afora.
Mas é dia,
busco concentração.
Faço e desfaço versos.
Desisto então.
Cai a noite.
Ela,
é como um canteiro.
se a caso quero
um poema criar,
um poema criar,
e chega bem escura
é hora de semear.
Quando todos dormem
pareço despertar.
Vem a lembrança...
O rapaz do táxi,
poderia estar
recebendo um telefonema,
alguém pedindo urgência,
alguém precisando,
seu táxi usar,
e uma barriga imensa,
querendo se esvaziar.
O moço deixou seu trabalho,
para outro trabalho enfrentar,
metade do carro,
metade do carro,
ainda por lavar.
Metade limpo, metade sujo,
assim como no parto se fazia,
metade alegria,
metade dor.
metade alegria,
metade dor.
E por causa da correria,
a mangueira ligada ficou.
Para o menino pedinte;
A festinha!
Ladeira abaixo, a água descia.
graminhas entre os meios-fios,
com toda certeza ,
agradeciam.
E o menino sapateando o sol
que a água refletia.
Uma rajada de vento,
levou a flor...
Centenas de pétalas minúsculas
para a cabeça do avô,
que nem sequer percebeu ,
que mais fios ganhou.
E eu encostada à árvore,
por acaso a me encantar...
A noite escura
agora,
começava
a clarear
agora,
começava
a clarear
por Lourdinha Vilela.
Oi minha querida!
ResponderExcluirMuito linda a sua percepção do mundo transformadas em seus versos.
Boa semana amiga, beijinhos,
Valéria
Boa noite, querida amiga Lourdinha.
ResponderExcluirMuito obrigada.
Desejo-lhe uma linda semana abençoada, também!
Beijos.
(Voltarei para ler o poema).
Lindo poema!
ResponderExcluirQue hoje você celebre o amor em todas suas manifestações!
Beijo grande! :)
Lourdinha,
ResponderExcluirQue lindo! A rua ficou transformada em felicidade na sua versão "noite - canteiro de poesia".
Beijocas.
Lourdinha, muito lindo seu poema proseando sobre as percepções do mundo afora.
ResponderExcluirBjs.
Bom dia, Lourdinha!
ResponderExcluirOutro dia vi seu comentário no Banquinho e procurei tempo para vir aqui. Que blog ótimo! O nome, especialmente, me chamou a atenção. E mais ainda curti quando vi a ambiguidade poética de expresso = trem para expresso = expressão. Delicado, perfeito. As imagens são lindas e as palavras igualmente. Já sou seguidora!
Um abraço, e volte sempre que quiser ao Banquinho =)
Oi Laila estou super feliz em recebe-la aqui.Obrigada pelo carinhoso comentário. já sou sua seguidora também. Um abraço.
ResponderExcluirBoa noite, querida amiga Lourdinha.
ResponderExcluirVoltei para ler o seu poema.
É lindo!!
Esse olhar para o desfecho de cada personagem, com suas histórias pessoais e ao mesmo tempo, alinhavadas às outras, é fantástico!!
Amei.
Desejo-lhe um abençoado fim de semana.
Beijos.
Olhar a vida com olhos de poeta é poesia na certa...
ResponderExcluirLindo! Que sensibilidade!
Agradeço, Lourdinha, sua presença sempre carinhosa em meu blog.
Tenha um final de semana de muita paz e luz.
Beijos :)