Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

24 de setembro de 2011

PARAISO



Que saudade de nosso cantinho
onde o sol aparece cedinho
e se põe bem de mansinho,
sem pressa de adormecer.
Bandeiras celebram nossa chegada
no vento a tremer,

Flores erguem suas taças,
E agradecem a Deus
Tão simples e tão belas
buscam luz na janela
enfeitiçam os olhos teus.


No decorrer do dia
visitas inesperadas
querem cumprimentar,
apenas  um mugido ao longe,
faltou coragem de chegar


Quando chega a tardinha;
na estrada prá lagoa
a gente vai caminhar


Tanta beleza  incandeia!
e pensar que a natureza
AINDA
insiste em nos agradar...

Imagens - Lourdinha Vilela
Palmital - MG.



19 de setembro de 2011

DESILUSÕES


Há uma força prá baixo
querendo desconcentrar,
e tudo em que se acredita
parece desencantar.
Difícil é se alcançar as metas
 tentar colher  muito
do pouco que se plantou.
Alongou-se demais o tempo,
cansada a vida vivida 
 apenas de ilusões ficou
como iscas à espera,
deixadas na beira do rio
que o peixe não fisgou.
Não se tem mais elementos,
talvez pingados argumentos,
 será que o tempo da busca
e da luta passou?
Ou tudo, o desejo certo ou incerto
dentro do peito,
aparentemente se acomodou.
Por que então essa inquietude
Essa agonia que dá,
Quando se olha no vazio
Querendo a si mesmo encontrar?
Talvez por que a luta seja eterna
na busca que continuou.
Mesmo que não se perceba
a chama continuará acesa
se o pavio, de todo não se queimou.

Lourdinha Vilela

Imagem  Net

14 de setembro de 2011

BRASÍLIA-BAIXA UMIDADE


Há um cheiro de chuva,
 quando bate nas pedras,          
entranhas da terra,
nos ramos das eras,
carregando a poeira,
prá longe, bem longe.             
Será uma miragem,
Ou apenas saudade
 da chuva quando cai?
Brasília agoniza!
Um deserto aqui se instalou
agora são as cinzas
Incêndios, incêndios...
Quem provocou?
A fumaça nos alcança
em qualquer direção.
Nossos olhos com lágrimas,
a pele irritada,
a respiração ofegante
e triste o nosso coração.
 É o Cerrado que arde
 onde pouco restou
queimaram-se ninhos
rasteiros bichinhos
Até  macaquinhos,                      
Apenas quem pode voar, voou

Bravo!
Corpo de Bombeiros Militar do DF.
que à fumaça abraçou.
Dia e noite, combatendo as chamas,
e, o fogo apagou...
Até quando?  Não sei.
Vamos esperar pela chuva
prá fazer brotar das queimadas
o verde de Brasília
Por mais uma vez . 


Lourdinha Vilela
Imagens - Jornal do Brasil.

11 de setembro de 2011

LÁGRIMA


A minha lágrima...
rio dentro da alma
que aprisionada quer se soltar
e se exprime gota a gota,
no vermelho do meu olhar,
tem   gosto de chama
da chama do amor
que muitas vezes,
arde e fere até sangrar.
A minha lágrima...
Tem  gosto  de vento
o vento do adeus,
do amor que se vai
prá não voltar.
A minha lágrima...
Tem gosto de néctar
O néctar das flores
As flores que chegam
Pedindo prá perdoar.
A minha  lágrima...
rio dentro da alma
que aprisionada quer se soltar...
para celebrar nossos sorrisos
 mistura-se agora,
 as  lágrimas contritas
no vermelho do seu olhar.




Lourdinha Vilela

7 de setembro de 2011

ENAMORADA




Quando em uma mulher
um grande amor se inicia,
seu coração se transforma
em lindo buquê de rosas,
caixinha de bombons,
livro de poesia.
Seu dia é como brisa fresca na relva.
Passarinhos a cantar.
Chega à noite,
chama de Vela prá celebrar.
Quando perde esse grande amor,
seu coração entristece,
os bombons derretem,
as rosas vão murchar,
só restará a poesia,
simples forma,
doce disfarce.
 Em versos vai chorar.


Lourdinha Vilela
                                      Imagem Net.  






                                
 E por falar em bombons...                                       
                                 
 Ai que vontade que dá!








Imagem - Wikipédia.







3 de setembro de 2011

ABRIGO


O que me prendeu a você
não foi apenas o seu olhar
furtando o meu olhar
muitas vezes esquivo
querendo não te olhar.
Não foi apenas o seu sorriso,
fazendo o meu sorriso despertar.
Não foram apenas suas mãos,
a me carregar
por um céu de nuvens claras ,
e pelas ondas do mar azul  voltar.
Não foram apenas suas doces  palavras,
dignas de um poeta,
que espera o luar
prá se inspirar.
O que me prendeu a você
Foi tudo isso!
E mais que isso...
Foi a certeza, de que estarias
Sempre comigo
E que e serias eternamente
O meu  abrigo

Lourdinha Vilela