Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

23 de agosto de 2011

SEM MOLDURA



A moldura de um quadro,
talvez ,
seja no que menos pensa o seu autor
O que procura é a perfeição
Esmera-se na construção de cada linha,
cada sombra, fazendo minuto a minuto
a troca de tintas e pincéis.
 E enquanto cria
amanhece o dia, segue à noitinha,
Não se cansa não.
 È como se viajasse,
debruçado em óleos, aquarelas ou pastéis,
entre o rosa e o salmão,
 verdes, vermelhos, amarelos e anis .
Natureza, corpos,
damas, cavalheiros, animais, olhos sutis
Lá se vão dias até que o possa concluir.
Quanto mais olha, mais parece ver.
São detalhes minuciosos
 traços do seu estilo,                       
até que em tudo o que criou possa crer.
 Respirando profundo,  
retira a proteção
e expõe sua tela
 esperando que outros assim como ele,
venham sonhar com ela,                          
viver o seu êxtase ao contemplar...
Quando alguém insensível
vem lhe perguntar:
-Mas...   Não pretendes  emoldurar?

Lourdinha Vilela
Imagens - Acrilica sobre tela

3 comentários:

  1. Sinto-me gratificada em vir aqui
    e ler seus poemas. Parabéns!

    Beijos e ótima noite.

    ResponderExcluir
  2. Oi Lourdinha, como estás? Como não tens postado nada em meu blog, senti tua falta. bj da amiga Selioni.

    ResponderExcluir